O grupo voluntário de resgate Zaka, que atua em Israel, informou neste domingo (8) ao jornal The Times of Israel ter encontrado cerca de 260 corpos. Todos estavam no local onde ocorria uma festa rave no momento em que o grupo extremista armado islâmico Hamas iniciou um ataque surpresa no sábado (7).
Três brasileiros estavam neste mesmo festival. Rafael Zimerman ficou ferido com estilhaços de granadas e se recupera no hospital Soroka.
A carioca Bruna Valeanu e o gaúcho Ranani Glazer, no entanto, continuam desaparecidos. Amigos chegaram a relatar que Glazer estava escondido em um abrigo, mas que o local teria sido invadido. Desde então, os familiares não receberam mais notícias do gaúcho.
O festival Universo Paralello ocorria no deserto de Negev, de acordo com a BBC. O local fica localizado na região sul de Israel, próximo da Faixa de Gaza, por onde os militantes do Hamas invadiram o território israelense durante a ofensiva.
O DJ brasileiro Juarez “Swarup” Petrillo, pai do também DJ Alok, era uma das atrações do evento e filmou o momento em que os bombardeiros ocorriam próximos da rave. De acordo com Alok, o pai está em um bunker aguardando para poder retornar ao Brasil.
Guerra em Israel
O Gabinete de Segurança de Israel declarou, neste domingo estado de guerra. Segundo o governo, o conflito teria sido “imposto a Israel por um ataque terrorista e assassino de Gaza.” O ato oficializa o embate e permite a adoção de medidas militares abrangentes.
Referindo-se aos ataques-surpresa do Hamas da véspera, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que derrotará o grupo radical islâmico, mas alertou que a guerra “vai levar tempo”. O político conservador enfatizou que os eventos recentes foram algo “jamais visto em Israel” e jurou “vingança esmagadora por esse dia negro”. O premier garantiu que as forças militares israelenses chegarão a todos os lugares onde o Hamas possa estar se escondendo.
Netanyahu disse considerar o grupo diretamente responsável pela segurança e pelo bem-estar dos civis e soldados que mantêm cativos, acrescentando que Israel “acertará contas com qualquer um que cause danos” a esses reféns. Segundo observadores, o sábado foi o dia mais sangrento do conflito israelo-palestino desde a guerra do Yom Kippur, há 50 anos.