29/08/2023 às 10h55min - Atualizada em 29/08/2023 às 10h55min

Alagoas apresenta queda no índice de pobreza, mostra levantamento do IBGE

Redação
https://www.cadaminuto.com.br
Situação de pobreza / Foto: Agência Brasil

Alagoas registrou uma redução de oito pontos no índice de pobreza, na comparação entre os biênios de 2008-2009 e 2017-2018. O resultado faz parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que mostrou dados da Evolução dos Indicadores não Monetários de Pobreza e Qualidade de Vida no Brasil. 

Segundo os dados, divulgados na última sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo menos cinco estados da Região Nordeste também obtiveram uma redução de mais de 8 pontos: Alagoas (de 12,8 para 4,7, redução de 8,1), Bahia (de 13,1 para 3,9, redução de 9,2), Sergipe (de 12,4 para 3,1, redução de 9,4), Piauí (de 14,1 para 4,3, redução de 9,7) e Maranhão (de 18,7 para 7,7, redução de 11,0). 

Ainda no Nordeste, Maranhão (7,7) e Alagoas (4,7) apresentaram os maiores Índices de Pobreza Multidimensional não Monetário (IPM-NM). A pesquisa ressalta que dimensão do ‘acesso a serviços financeiros e padrão de vida’ foi a mais relevante para Alagoas, com uma contribuição de 19,7%, neste caso maior que o valor obtido para o Brasil. 

IPM-NM tem redução de 65%, mas desigualdade entre os grupos de cor ou raça aumenta 

Os distintos graus de pobreza observados foram incorporados ao cálculo do IPM-NM que caiu de 6,7 em 2008-2009 para 2,3 em 2017-2018, uma variação de 65%. O estudo também mostrou quedas nos recortes urbano (de 4,8 para 1,6) e rural (de 15,7 para 6,4).

Houve redução do IPM-NM em todas as regiões, com destaque para o Sul, que tinha o menor índice em 2008-2009 (2,2) e apresentou a maior redução percentual em 2017-2018 (caiu para 0,6). Já as regiões Norte e Nordeste permanecem com os maiores IPM-NM, com o primeiro saindo de 13,8 para 5,2 e o segundo, de 12,4 para 4,3. 

Houve redução do IPM-NM tanto para as famílias cuja pessoa de referência era da cor branca quanto para aquelas onde a pessoa de referência era da cor preta ou parda. No entanto, a redução da participação no valor do índice ocorreu apenas para as famílias cuja pessoa de referência era branca: saiu de 22,9% para 19,7% no período analisado. Ou seja, a participação das famílias cuja pessoa de referência era preta e parda no índice de pobreza multidimensional do país subiu de 75,7% em 2008-2009 para 79,1% em 2017-2018. 

Os resultados também mostram queda acentuada do índice em todos os subgrupos de níveis de instrução das pessoas de referência das famílias. A participação no valor do índice para a parcela da população que vivia em famílias cuja pessoa de referência era sem instrução reduziu (23% para 21,2%), bem como da população cuja família tinha pessoa de referência com ensino fundamental incompleto (60,7% para 55,7%).

O IPM-NM segue maior nas famílias com a presença de crianças (7,9 com mais de um adulto e 7,1 para um adulto). Porém, a contribuição percentual para a composição do valor do índice, para o subgrupo das famílias com mais de um adulto e ao menos uma criança, diminuiu, saindo de 63,3% para 55,3%. Do outro lado, cresceu a participação das famílias com mais de um adulto e sem crianças, de 16 % em 2008-2009 para 21,2% em 2017-2018. 

Na análise por subgrupo definido por sexo da pessoa de referência da família, o IPM-NM não mostrou diferença significativa para distância entre os índices em 2008-2009. Entretanto, a queda do índice foi maior nos casos em que a pessoa de referência era homem (indo de 6,6 para 2,1) do que nos casos em que a pessoa de referência era mulher (indo 6,8 para 2,7). 

De 2008-2009 para 2017-2018, os índices das Unidades da Federação melhoraram, embora de forma desigual. No período, nenhum estado do Norte ou do Nordeste teve IPM-NM abaixo da média nacional. O menor índice foi o de Santa Catarina (que foi de 2,0 para 0,3) e o maior foi do Maranhão (que foi de 18,7 para 7,7). O Ceará teve o menor índice (3,0) do Nordeste e o Rio de Janeiro, o maior (2,1) do Sudeste em 2017-2018. 


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://publicanews.com.br/.
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp