“A gente tenta pensar que foi homofobia ou xenofobia, ou preconceito com a cor do meu namorado. Mesmo se fosse isso, mesmo se tivesse algum motivo… Várias pessoas vão dizer: ‘Mas eles não agridem sem ter começado alguma coisa’. Não foi assim, não foi. Tem pessoas ruins no mundo, que não têm nada a perder”, afirmou Jefferson em uma gravação. “Nada justifica as agressões, queremos justiça”.
Um dos agredidos, Jefferson Gomes Tenório, 29 anos, relatou a situação nas redes sociais e mostrou os ferimentos causados nele e no namorado, o também brasileiro Luís Almeida, 30.
A terceira pessoa agredida é uma prima de Luís, que preferiu não se identificar. O casal de namorados ficou bastante machucado, com hematomas no rosto. Jefferson quebrou o nariz em três partes e precisou passar por cirurgia.
Afogado e espancado
Segundo os relatos de Jefferson, os três estavam na boate Titanic Sur Mer, no cais do Sodré, até por volta das 3h. A boate estava fechando, e Luís teria entrado para usar o banheiro. Jefferson, então, teria tido um desentendimento com os seguranças, quando foi tentar encontrar o namorado.
De acordo com Jefferson, oito seguranças o espancaram, além do namorado. Furioso com a situação, ele jogou uma pedra na boate e teria quebrado o vidro.
A situação ficou ainda pior, e os seguranças teriam continuado com os espancamentos, com mais violência, ao ponto de afogarem a vítima no Rio Tejo, enquanto teriam ficado repetindo que o matariam. No meio disso, a prima de Luís também teria sido agredida.
As agressões só teriam acabado após a chegada da polícia, que não teria feito nada, além de levar as vítimas para o hospital.
Nas redes sociais, outros clientes se revoltaram com a situação e denunciaram que já sofreram algum tipo de violência ou grosseria por parte dos seguranças da boate Titanic.
A reportagem tenta contato com a polícia de Lisboa. A Titanic Sur Mer não respondeu o contato da reportagem.