Os dados do desmatamento foram divulgados durante coletiva de imprensa da Casa Civil e dos ministérios do Meio Ambiente; Povos Indígenas; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; e Ciência, Tecnologia e Inovação nesta quinta-feira (9/11).
Segundo o Prodes, entre agosto do ano passado e julho de 2023, foram desmatados 9 mil km² de florestas. A taxa de área destruída no período divulgado é a menor para uma temporada desde 2019.
“Desde janeiro, Lula assumiu o compromisso de desmatamento zero até 2030. Grande parte do desmatamento é da Amazônia. Sabemos que era um desafio muito grande. Agora, não era como 20 anos atrás, com tráfico de armas, drogas e grilagem, após um completo desmonte”, destacou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A queda no desmatamento na Amazônia de agosto de 2022 a julho deste ano representa baixa de 133 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) que seriam liberados na atmosfera.
As maiores quedas no desmatamento foram registradas em Rondônia, onde o índice de área destruída caiu 42%, e no Amazonas (40%). Já Mato Grosso teve aumento de 9% na área de floresta destituída.
O Ministério do Meio Ambiente destacou que a queda no desmatamento na Amazônia é reflexo do trabalho dos órgãos de fiscalização contra crimes ambientais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Os autos de infração do Ibama por crimes contra a flora aumentaram 104% no período analisado; os embargos cresceram 31%; e a destruição de equipamentos utilizados em ilícitos teve alta de 41%.
“O discurso do presidente, de proteção à floresta, se traduziu em número e virou entrega concreta. É um resultado expressivo e que sela a volta do Brasil à agenda de clima. Mas o governo precisa mudar sua postura no Parlamento. Não adianta combater o crime no chão da floresta e fortalecê-lo no carpete do Congresso, sob o risco de vermos a celebração de hoje ficar manchada pelas derrotas nas legislações socioambientais”, ressalta o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini.