31/10/2023 às 22h21min - Atualizada em 31/10/2023 às 22h21min

TSE forma maioria pela condenação de Bolsonaro em caso do 7 de Setembro

História por Por Maria Carolina Marcello
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Ex-presidente Jair Bolsonaro 04/10/2022 REUTERS/Adriano Machado © Thomson Reuters
BRASÍLIA (Reuters) - A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já se manifestou, até esta terça-feira, pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por abuso de poder político, uso indevido de meios de comunicação e conduta vedada nas comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil em 2022, pouco antes das eleições gerais, em outubro daquele ano.
 

Quatro dos sete integrantes do plenário da corte eleitoral — incluindo o relator, o corregedor-geral Benedito Gonçalves — decidiram pela condenação do ex-presidente à inelegibilidade por 8 anos e pelo pagamento de multa no valor de 425.640 reais.

Os três processos analisados nesta terça-feira pelo TSE -- duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) e uma representação especial contra a chapa de Bolsonaro em 2022 -- foram apresentadas pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e pela então candidata à Presidência Soraya Thronicke.

No ano passado, às vésperas da eleição presidencial, Bolsonaro aproveitou as comemorações do Bicentenário da Independência -- incluindo desfile cívico militar e um discurso proferido em cima de um trio elétrico -- para conclamar apoiadores. Então candidato à reeleição, também deu entrevista à estatal TV Brasil e tentou utilizar imagens do dia em propaganda eleitoral. O que foi vedado pela Justiça Eleitoral.

 

Já haviam se manifestado no julgamento do TSE, na semana passada, o relator e os ministros Raul Araújo e Floriano de Azevedo Marques. Araújo votou pela improcedência das ações, enquanto Azevedo concordou com Gonçalves, mas resolveu ir além e pedir, também a condenação do vice na chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto.

Nesta terça, os ministros André Ramos Tavares e Cármen Lúcia também entenderam que houve abuso de poder político. Os dois acompanharam o ministro Floriano de Azevedo Marques e entenderam que Braga Netto também deve ser condenado.

Bolsonaro já foi declarado inelegível pelo TSE em decisão de junho deste ano, em ação a que respondia por ter promovido, quando presidia o país em julho passado, uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada para atacar o sistema eletrônico de votação.


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